segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Cinema: Ela

"Ás vezes eu olho para as pessoas e tento entendê-las não só como estranhos. Eu imagino o quanto elas se apaixonam, ou quantas vezes tiveram o coração partido."


Sexta-feira (14/02) foi dia de estréia de filme digno de Oscar. A produção Ela, de Spike Jonze, concorre principalmente nas categorias de Best Picture e Original Screenplay, e segundo minha humilde e totalmente dispensável opinião, merece levar as estatuetas para casa.


A trama, que se passa em uma Los Angeles futurista, conta a história de Theodore Twombly (Joaquin Phoenix), um escritor de cartas pessoais. Theodore, que acabou de passar por um término de relacionamento (casamento, para ser mais específica), se apaixona por seu novo sistema operacional chamado Samantha (Scarlett Johansson), que promete atender a todas as suas necessidades e ser feito especialmente para ele.

O desenvolvimento da relação entre Theodore e Samantha é muito bem apresentado. Não é apenas o personagem que vê uma humanidade em seu sistema operacional, nós também passamos a achar que Samantha é uma mulher de carne e osso como qualquer outro. Aliás, as conversas com o computador muitas vezes são bem internas e reflexivas, uma espécie de monólogo interno de Theodore.

Sem entrar muito em detalhes sobre o roteiro para não dar aqueles spoilers lindos, não podia deixar de comentar sobre a fotografia de Ela. Cada cor e cada detalhe são muito bem pensados e calculados. Nada fica fora do lugar e nada é estranho. O visual do filme é maravilhoso. Theodore usa apenas camisas laranjas, amarelas e em tons claros, contrastando sempre com os cenários. Uma cena que achei super interessante se passa na sala da casa de Amy (Amy Adams), onde o fundo é bem claro e os detalhes e figurinos são todos em azul e laranja. Praticamente uma pintura animada.

Tudo combina. Sério, eu não exagero quando digo que cada detalhe desse filme é perfeito. E não apenas em relação as cores. Os cenários e figurinos são retrô apesar da trama se passar em um momento futuro. Achei simplesmente sensacional! Não fica aquela sensação de filme futurista cheio de carros voadores. É tudo tão tranquilo e bonito. Mas TÃO tranquilo e bonito.

O final dá aquela pontinha de dor no coração. Claro, uma produção linda dessa tinha que causar uma dorzinha em algum momento. Mas olha, nada que o resto não compense.

Honestamente, não tenho muito o que dizer. Ela me cativou de uma forma que não sei nem explicar. A história é ótima, os atores são maravilhosos, os cenários e figurinos casam perfeitamente com as cores e a atmosfera do filme te prende do começo ao fim, enquanto acompanhamos o crescimentos dos sentimentos e pensamentos de Theodore.

Indico e muito.

Deixo o trailer pra vocês aqui em baixo.


Beijos e abraços, 
Isa








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