segunda-feira, 19 de maio de 2014

Falando de livros: Austenlândia

"[...] Mas Jane tinha um segredo. Durante o dia, ela se ocupava e almoçava e mandava e-mails e trabalhava até mais tarde e chegava em cima da hora, mas ás vezes, quando tinha tempo de tirar os sapatos de salto comprados em um bazar e relaxar no sofá de segunda mão, ela diminuía a luz, ligava a TV e admitia o que estava faltando. Às vezes, ela via Orgulho e Preconceito."


Gostaria de começar esse post com as razões que me levaram a morrer de curiosidade de ler Austenlândia, escrito por Shannon Hale e publicado pela Editora Record no Brasil esse ano.
Razão número um: o título faz referência direta a Jane Austen, escritora de romances, consagrada principalmente pela sua obra Orgulho e Preconceito
Razão número dois: já dizia a maioria das pessoas desse mundo que "não se deve julgar o livro pela capa". Mas quem resiste a uma capa tão fofa e delicada e azul e cor de rosa como essa? 
E por último, mas não menos importante, a sinopse da história: Jane Hayes, solteirona convicta aos 32 anos, é apaixonada pelos romances de Austen, principalmente por Orgulho e Preconceito, desde sua adolescência. A moça já morria de amores pelo charmoso Sr. Darcy, e a produção da BBC com Colin Firth de protagonista só piorou as coisas. 

Não contente em ser apaixonada pela obra, Jane é apaixonadíssima por Fitzwilliam Darcy. E quando eu digo apaixonada, é apaixonada mesmo! Não apaixonada no nível fangirl hard. APAIXONADA! Jane não apenas quer um romance lindo e digno de páginas de uma história de Jane Austen, como quer um marido que seja praticamente um Fitzwilliam Darcy. Praticamente mesmo. Ela quer um Darcy na vida dela. 

Mas convenhamos que não é necessário ser um gênio para saber que não é fácil encontrar um homem estilo Sr. Darcy caminhando tranquilamente pela rua da sua casa, né? Jane meio que não entende isso muito bem. Ela passa a vida toda atrás de homens que consigam satisfazer seu amor pelo tão desejado Fitzwilliam com cara de Colin Firth. Novamente, não é preciso ser um gênio para saber que ela não encontra o seu amor inglês de 1816 por aí. E ela reclama muito sobre isso com sua melhor amiga, Molly.

No entanto, as coisas começam a mudar quando sua tia, Carolyn, falece. Triste, não? Bem, Jane recebe de herança uma estadia de três semanas na Austenlândia, na Inglaterra. E o advogado deixa bem claro: não há devoluções. 

Depois de pesquisar sobre o lugar e descobrir que a Austenlândia não passa de um parque meio hotel em que você é obrigado a viver em meio aos costumes do século XIX, principalmente levando em conta tudo o que é descrito nas obras de Austen, Jane decide aceitar a oportunidade. E lá vai ela rumo a vida que, querendo ou não, é o que ela sempre sonhou. Ou não.

Jane não é a unica hospedada lá. Além dela, duas outras moças estão brincando de personagens de outros séculos: Elizabeth Charming e Amelia Heartwright. Vale a pena lembrar que os nomes de todos são mudados assim que você faz o check-in. Jane passa a ser então a Srta. Erstwhile, assim nomeada pela Sra. Wattlesbrook

E então começa a aventura em busca do Sr. Darcy perfeito dentro os inúmeros homens de barba, chapéus e calça colada que rodeiam a nova vida de Jane. Enquanto somos bombardeados com diálogos hilários entre Jane e os rapazes do local, como Sr. Nobley, Coronel Andrews, Capitão East e até mesmo o jardineiro, Martin, e torcemos para que pelo menos um deles se apaixone de verdade por ela, vamos acompanhando todos os namorados que Jane já teve e a razão dos relacionamentos não darem certo. 

Jane passa as três semanas em Austelândia e no final... Bem, ela desiste de Sr. Darcy inúmeras vezes enquanto estava lá,  depois desiste de homens no geral, depois resolve investir em um, depois em todos... 

O que importa é: Austenlândia é o tipo de romance leve e cheio de momentos engraçados e divertidos. A imersão na vida da protagonista é gigante! Pelo menos foi pra mim. Confesso até que consigo facilmente me ver com 32 anos, solteira, esperando o Sr. Darcy da minha vida bater na porta da minha casa e dizer: "Tentei lutar, mas em vão. Não consigo mais. Não posso reprimir meus sentimentos. Você tem de me permitir dizer com quanto ardor eu admiro e amo você." Ah, Fitzwilliam! (insira corações aqui). 

Deixo claro que o fato de eu ter citado Jane Austen, especialmente o Sr. Darcy, em uma talvez-possível-pseudo resenha de um livro sobre uma mulher fanática por ele, não indica que eu seja uma Jane Hayes 12 anos mais nova, ok? Até porque meu Fitzwilliam modelo não é o Colin Firth. (Matthew Macfayden, pode ficar tranquilo que meu coração é seu!)

E se vale a dica: não comece a ler Austenlândia antes de dormir. Você corre sérios riscos de perceber que são 5 horas da manhã e você ainda está lá acompanhando a vida da Jane.

Até a próxima, my friends!
Beijo da Isa 



























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